25 agosto 2006

Blog, si. Pero no mucho.

Nunca fui dado a modismos. Incluo nisso blogs, calças boca-de-sino e mangas bufantes. Resisti bravamente à boca-de-sino e não tenho um penteado de príncipe valente para combinar com as bufantes. Todavia fui vencido por minha ensandecida turba de quatro fãs que me são fiéis a ponto de ler o que escrevo - pelo menos se eles fossem ricos poderiam me sustentar comprando todas as edições de minhas obras completas, como não o são, desperdiço cá minha vida trabalhando – bem... eles me convenceram. Ei-lo, o blog.

Tinha para mim que esse negócio de diário na Internet não era coisa de homem. Macho mesmo tinha que ter home page, site, portal... Não adiantou. Essa coisa engoliu-nos todos. Não ter um blog hoje é como não ter um celular blue-tooth-chip-vip-voip-voicer-ABS-com-tela-de-plasma. Todo mundo tem blog: George the Bush, o papa, o Maníaco do Parque, Loiras do Tchan, o ET de Varginha, Eça de Queiroz, o Monstro do Lago Ness... Vi-me obrigado a transexuar a máscula hp “Diário da Tribo” neste meigo Bloguinho. Mas não me chamem de “blogueiro”! Eu só escrevo socialmente e com muita moderação.

Tenho certeza de que este blog será assiduamente freqüentado por milhares de pessoas sem serviço, ávidas por um conteúdo de alta qualidade e em doses cavalares. A esses internautas posso garantir que só encontrarão mais conteúdo em uma estação de tratamento de esgoto.

Bem-vindos à reedição revista, ampliada e esculhambada do País de Tanga na Mão e Corda no Pescoço. Bem-vindos a bordo do Diário da Tribo, uma nau a deslizar no macio mar de lama.

PS.: Faltou grana para o coquetel de inauguração!

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