26 janeiro 2007

São Paulo que amanhece desabando

Chega de prosa. Passemos a versinhos infames
Eis uma pitada de minha jocosidade corrosiva.

Parabéns, São Paulo! 453 anos com um corpinho de 425!

São Paulo que amanhece desabando

Oh, São Paulo!
Grande como teu amor só o buraco de teu metrô!
Gigante com o teu patamar só mesmo a poluição de teu ar
Capital dos investimentos só menores que teus congestionamentos!

Oh, Sampa danado, quanto de teus viadutos foram superfaturados?!
Quanto túnel cavado com dinheiro desviado
que se fosse todo utilizado
o mundo inteiro seria um queijo esburacado

Que nosso templo capitalista
Da Augusta, Nove de Julho e Paulista
Seja a Santa Ifigênia da grana
E esconda tua face de lama

Oh, metrópole que não pode parar
pois não tem onde estacionar!
Cidade em que o metrô nos enterra quando a Barra afunda
Feia de cara, mas linda de alma

São Paulo dos chope, das mina, Daslu.
De onde tiramos sustento.
Aonde tomamos no Brás.

Nenhum comentário: