16 abril 2010

Coroinhas em risco: Igreja transfere padres pedófilos para o Brasil

Coroinhas em risco: Igreja transfere padres pedófilos para o Brasil

Fábio Reynol



Tirem seus coroinhas da reta e da sacristia. A Santa Sé deu uma lição nos padres que bolinavam crianças no primeiro mundo, mandou-os molestar as do terceiro e quarto. Tá certo. Na periferia não existem crianças, só dimenores.

E o Brasil, famoso por sua vocação sexyreligiosa, acolheu dois padrecos acusados de passar a tradição oral da igreja aos little kids da América do Norte. Não é piada, está na Folha de hoje (http://ow.ly/1ze4s).

Um desses sacerdófilos, da ordem dos xaverianos descalços de mãos peludas, foi parar no interior do Pará para catequizar curumins! Um revival da catequese colonial na qual jesuítas mostraram aos índios a retidão e a dureza necessárias ao afloramento da fé católica.

Outro padre que se aboletou em Salvador botou o pelourinho de fora e colocou suas crianças aos deleites de seus amigos. Num turismo sexual agenciado pelo religioso, seus catecúmenos eram oferecidos aos visitantes estrangeiros.
Isso sem contar os sacerdófilos 100% nacionais que em colégios e seminários ensinavam seus alunos a tocar órgãos.

Na Europa não era diferente. Enquanto a safadeza rolava solta na diocese de Munique, o arcebispo Ratzinger analisava bem analisadinho cada caso e em menos de vinte anos o padre molestador era sumariamente punido com uma transferência para um paraíso sexual onde poderia introduzir a fé em pagãozinhos que tinham ainda menos voz que seus irmãozinhos europeus.

Ainda bem que Ratzinger tornou-se infalível.