26 junho 2009

Vendedor de Palavras em Gravataí - RS

No dia 20/06, o Mototóti levou o espetáculo teatral "O Vendedor de Palavras" para a escola Rosa Maria, em Gravataí, Rio Grande do Sul, local onde o roteirista da peça, Rodrigo Monteiro, estudou e lecionou.
Veja no blog do Mototóti.

12 junho 2009

Para que um dia dos namorados?

Para que um dia dos namorados?
Fábio Reynol

“Amar uma pessoa é aprender a música que ela tem no coração e cantar para ela quando ela a tiver esquecido.” Anônimo

Há muito mais por detrás das datas comemorativas do que o rolo compressor do capitalismo tenta nos vender. Afinal, o Dia dos Namorados não haveria de ser mais do que flores, presentes e motéis? Casais que resistem ao apelo consumista costumam levantar sua resistência ignorando a data e acabam esvaziando a comemoração de modo equivalente aos pares que a transformaram em mera troca de presentes. O sentido é o que colocamos nas coisas e não a simples ditadura de uma sociedade. Se não fosse assim, cristãos lúcidos não comemorariam o Natal simplesmente para não ceder aos imperativos do mercado, e as pobres mães dos esclarecidos não teriam sequer um telefonema no Dia das Mães. O Dia dos Namorados está no mesmo pé e ignorá-lo é relevar uma celebração dedicada ao amor.

Trata-se de uma data especialmente importante por nos lembrar que somos seres enamoráveis e enamorados. É o dia de encarnar a possibilidade do “sim, há um outro que foi, é ou será encantado por mim. A possibilidade do alguém contra o qual as minhas leis não funcionam e que bagunça a minha existência com o seu existir”. Veja o quanto isso é muito maior do que entendemos por casamento. Há muito pouco tempo, casamento por amor era um oxímoro, termos que não se combinavam, porque casar era satisfazer interesses, fossem eles dos cônjuges, de seus parentes ou até de Estados. Carregamos em nós muito dessa herança e o papel burocrático, social, e ainda interesseiro, prevalecem nas relações. Por outro lado, os termos namoro por conveniência, namoro por interesse ou namoro obrigatório são termos inconcebíveis no estrito senso da palavra. Pois não se pode estar em amor (namoro) obrigado ou motivado por qualquer outra coisa que não seja o próprio amor.

Podemos viver uma relação afetiva estável, sincera e até feliz por décadas sem nunca ter chegado perto de um simples e honesto namoro. O Dia dos Namorados é o momento de rever se somos dignos de ser chamados de “namorado(a)” e se realmente temos alguém para chamar como tal. A descoberta dessa pessoa é algo que ultrapassa as flores, as caixas de bombons, o jantar e a noite numa hidromassagem. O casal mais feliz que conheci estava junto havia 17 anos e, admiravelmente, eram casados. Ele aposentado por invalidez, ela faxineira que trabalhava duro para manter uma casa que alugavam na periferia. Quando os filhos saíam, montavam uma piscina de lona no quintal e comemoravam seu amor regado a cerveja acompanhada com o que tinham na geladeira. Brigavam e se reapaixonavam com frequência e se admiravam mutuamente. Por falta de dinheiro, não tinham carro e não conheciam motel. Em contramão a tudo o que o mercado dita por "felicidade", eram felizes e sabiam melhor do que ninguém o significado do Dia dos Namorados.

02 junho 2009

"O Vendedor" abre Seminário de Leitura


O espetáculo teatral "O Vendedor de Palavras" abriu o 9º Seminário Estadual Leitura Levada a Sério realizado no SESC Ijuí no Rio Grande do Sul.
Foi na quarta-feira, dia 27 de maio no Teatro do SESC, e foi prestigiado pela imensa comunidade italiana da cidade.

"O Vendedor de Palavras" é uma produção do grupo de teatro Mototóti de Porto Alegre (RS) e foi inspirada na crônica homônima deste blogueiro.