20 fevereiro 2009

Fechado para o Carnaval

O estrangeiro que aqui bater durante os quatro dias mais sagrados do
ano encontrará um aviso afixado na porta:

País fechado para o Carnaval

Saímos para o Carnaval. Nos próximos quatro dias não haverá expediente e o governo será provisoriamente substituído. Seremos uma monarquia chefiada por Momo, o Pançudo. A crise está suspensa por ordem do soberano e todas as reclamações devem ser encaminhadas em papel de serpentina em duas vias. A primeira deve ser arremessada sobre a cabeça do rei, a segunda deve ser enrolada, bem enroladinha e enfiada na cesta de intenções de quarta-feira de cinzas, quando retornaremos às nossas funções normais.

Se quiser entrar, fique à vontade. Ou melhor, só entre se for ficar à vontade. O traje obrigatório para a ocasião é o tapa-sexo, cujo tamanho varia – logicamente – conforme as dimensões do sexo a ser tapado. O(a) estrangeiro(a) deve estar atento para não usar pano demais e acabar por esconder partes anatômicas que não estejam explicitamente catalogadas como “sexo”. Tampouco poderá usar pano de menos a ponto de expor saliências, reentrâncias, rebarbas, cavacos ou cantos vivos próprios da tropicália desnuda. No mais, cole purpurina, lantejoulas ou mini-adesivos nos mamilos e despenque-se na folia.

Na hora de destapar o sexo, use-o com moderação, depois lave-o com um sabão neutro e deixe-o secar à sombra (se ele for do tipo em que bate o sol).

Importante: O monarca em exercício não se responsabiliza por objetos deixados dentro dos foliões nem pelas reentrâncias de bêbados.

Certo da animação e da malemolência de vossa senhoria.

Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

Finalmente acabou a palhaçada momesca. Voltamos para a palhaçada lulesca...

Pena que acabou o feriado, a única coisa aproveitavel dessa festa abominavel (ainda estou na dúvida, esses "avel" tem acento? E a duvida?)

Um abraço, W + B