27 novembro 2007

Do baú da tribo: "A volta de Norman Bates"

O Diário da Tribo é mais velho do que você imagina, mas ainda mantém um corpinho de adolescente.

Esta é do fundo do nosso baú, da época em que nosso Diário era diário e o blog era uma home page.

O texto foi feito em cima de uma notícia verídica ocorrida no umbigo traseiro do mundo, os Estados Unidos, em abril de 2005.

Divirta-se com risadas cheirando à naftalina:

Psicose Urgente:
Americano mantém a mãe conservadona (em um freezer!)
FDA atesta que a velha estava imprópria para o consumo

Fábio Reynol
Direto do Motel Bates

Psicose, o mais meigo dos contos de fadas norte-americanos e eternizado nas telas do cinema, acaba de cruzar a fronteira do improvável com o bizarro. O garoto de 52 anos Philip Schuth confessou que manteve a mãe no freezer horizontal sem descongelamento automático de seu porão por quatro anos. Com isso, Schult manteve a velhinha e a sua pensão mensal conservadíssimas por todo esse tempo.


O crime, ocorrido na cidade de La Crosse (EUA), só veio à baila porque o normalíssimo Philip acordou na semana passada com a bundinha descoberta e resolveu praticar o esporte oficial estadunidense: atirar nos vizinhos. Ele armou o maior barraco e acabou tendo a casa cercada pela SWAT. Ao vasculhar a residência, a polícia só encontrou o kit básico da típica família americana: 30 quilos de explosivos caseiros e 15 armas de fogo.

Foi só depois do julgamento pelo tiro-ao-alvo na vizinhança que Philip abriu o jogo e a polícia, o freezer, encontrando a velhinha entre os hambúrgueres e os nuggets de frango. O equilibrado Philip, que jura que a mãe morreu de morte morrida, responderá por ocultação de cadáver e violação de direitos autorais da família de Hitchcock.

A terra de Norman Bates - Maior manicômio a céu aberto do mundo, os Estados Unidos é o único país do planeta onde um ladrão processa sua vítima e obtém ganho de causa na Justiça. A começar pelo presidente, todo estadunidense tem o direito de atirar em qualquer vizinho pertencente ao eixo do mal. É a democracia levada às últimas conseqüências e ultrapassando as raias da sanidade mental.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Fábio,
Adorei!
bjo
Carla

Fábio Reynol disse...

Obrigado, Carla.

Tem muito mais de onde veio esse!

bjo!

Fabio

pessoana disse...

Olá Fábio!
Qualquer dia somos nós - os teus leitores - que vamos acabar por te congelar para sempreeeee!
Para que nunca nos deixes sós!:-)

Fábio Reynol disse...

Pessoana,

A minha sorte é que tu moras em Bruxelas. Se tu fosses norte-americana, eu já estaria no serviço de proteção à testemunha!
Obrigado e beijo!

Fabio